terça-feira, 5 de abril de 2011

La Paz

S 16º 29'
O 68º 8'
3.660 metros de altitude
Pressão atmosférica: 652 milibars




Centro de La Paz visto de belvedère em

S 16º 30'
O 68º 8'
3.952 m de altitude
633 Mb

Como com qualquer outra foto do blog, clique duas vezes sobre ela para ampliar; após ampliação, clique mais uma vez para ampliar mais.

Há hotéis mais caros e mais luxuosos, mas os hostals da ruela Aroma, bem no centro, em uma transversal da Calle Illampu, com seu preço para uma pessoa de Bol 120,00 e menos para um par; menos ainda para um grupo, com seu desayuno grátis com quínua (Chenopodium quinoa), café boliviano (Outra espécie de bebida quente servida como um xaropão fortíssimo e água quente, para se dosar a gosto, com sabor bem diverso do que conhecemos como de café), leite, horrível pão, entre outras coisinhas e... chá de coca (Deixe de tomar e experimente o gosto do sorojche, o mal das alturas, um pesadelo), deve ser satisfatório para a maioria das pessoas. Mas é muito melhor se ter na boca todo o tempo possível as folhas de coca mesmo.

Mas... Falemos um pouco da quínua.

Uma semente pequenininha de nada, parecida com o sorgo, muito leve e dizem que riquíssima em proteínas. Daí ser na maior parte exportada para a Europa.

A llama (Lhama) é o animal símbolo dos Andes, e sua imagem pode ser vista em muitas fotografias e vídeos de Machu Picchu. É o animal de carga do lugar (Embora tenhamos visto alguns jumentos adaptados para o clima (Pelos desenvolvidos) que devem estar substituindo-as.

A lhama não é o animal leiteiro que supúnhamos. Ao contrário, é péssima para isso. O leite era obtido pelos andinos antigos através de certo processamento da quínua. E assim vemos um leite vegetal, como o da soja, já naqueles tempos.

Para se ir ao mirador (Belvedère em S 16º 30' e O 68º 8'), a 3.953 metros de altitude e ar rarefeito de 633 milibars, paga-se Bol 15,00 de taxi. Há micros que vão lá por um décimo desse valor, também.
Em alguns lugares da subida o taxi teve que parar, ir de ré até uma rua mais plana, para ganhar velocidade e conseguir alçar ao ponto mais elevado à frente. Isso aconteceu duas vezes.

De lá se pode ver em dia bem claro e ensolarado o famoso Ilimani, monte gigantesco eternamente branco de neve, assim como toda a cidade de La Paz. Eis algumas fotos:

La Paz está quase toda dentro de uma depressão muito profunda, fica lá no fundão de um gigantesco buraco.
Uma lenda andina conta que um dia o Titicaca retomará as terras que foram suas, e La Paz voltará a abrigar os peixinhos chamados truchas.
Mas eu gostaria de morar nela assim mesmo.

O dia não estava bom para fotos, e não conseguimos fotografar o Ilimani, o gigante eternamente nevado que se debruça como o rei que sempre foi sobre La Paz. De qualquer modo, trouxe um pouco de lá:


As nuvens escondiam os raios do Sol e só registramos isto:

Um nadinha de céu, um pouquinho de chão, um fiapinho de neve...
Clique duas vezes e depois mais uma, para ver melhor.


Coisa de janela de ônibus. Tivemos que registrar a 1/500, com a abertura no automático: a câmera voava. Mas a montanha branca é pura neve mesmo. Estávamos já nos Altiplanos, saindo de El Alto rumo à ímpar Oruro.

Voltemos ao centro comercial da cidade:


O centro


Mais do centro

Detalhes arquitetônicos nem um pouco favorecidos pelo amigo Sol



 Calle Sagárnaga

Aqui, queríamos fotografar a original torre da igreja, apenas. Nem suspeitávamos de que igreja era. E continuamos a descer... fotografando sempre a igreja.

Aqui nos interessavam as pedras. Curiosas pedras redondas, diferentes das bem lapidadas pedras tiahuanacotas ou incas. Nada suspeitávamos no entanto do que estava por vir.

Súbito, uma volta, e...

 A IGREJA DE SÃO FRANCISCO

A ordem era apontar: para cima...


Para a frente

E lá de longe.

Voltamos à Sagárnaga, só para ver as ruelas estreitas de antigamente. Gostamos!

Transversal da Sagárnaga

Nativos na Sagárnaga.
Essas robustas senhoras costumam usar um chapéu de copa alta e aba estreita e saias plissadas. Pois bem! São essas saias chamadas de "cholas". Por estensão, criou-se o hábito de chamar a essas damas por esse nome. E caiu no gosto dos brasileiros chamá-las sempre assim. Daí um "Chola" prá lá, "Chola" prá cá.
Mas tenha cuidado. Esse povo é muito amável, tem a natureza assim mesmo. Mas o comum é a palavra "Chola" soar ofensiva, sobretudo quando se se dá ao abuso da repetição constante. Portanto... Que acha de chamá-las apenas "Senhora", com a formalidade com que se deve tratar as pessoas sempre; salvo nos casos de profunda intimidade? Será de boa educação tratá-las formalmente, como se trataria à mais refinada dama, pois outra coisa não são.

A partir de La Paz os passeios são muitos, e as agências de turismo, com seus módicos pacotinhos com guia bilingue muito eficientes e tudo o mais irão buscá-lo à hora marcada no hotel e lá lhe levarão de volta ao fim do passeio.

Fomos conhecer Tiahuanaco (Tiwanako, para os gringos), objeto da próxima postagem. Depois fomos ao paradisíaco Chacaltaya, um monte branco de neve com um observatório científico a 5.300 m e um pico que se visita fácil com 5.550 metros de altitude. Ah! Que passeião!

Pagamos menos de trinta reais pelos dois passeios, coisa de não se acreditar, coisa desse país amável.

Recomendável é se dizer pouquinho.

Veja estes e o vídeo abaixo:

La Paz

La Paz de carro

La Paz - O centro

O Illimani, no Huayna Potosi - La Paz, Bolívia

Ver esses lugares de avião tem seu valor, mas nada como ir-se a sentir o chão sob os pés.

Climbing Huayna Potosi

Vídeo interessante, uma turminha mostra tudo do passeio, com detalhes.


 



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