sexta-feira, 15 de abril de 2011

A viagem

Aqui, as fotos são poucas. Veja as outras postagens, se ver fotos for o seu desejo.

Há também alguns vídeos.

Comecemos pelo câmbio de moedas:

Em Puerto Suarez e em Santa Cruz de La Sierra, com os cambistas das ruas e as casas de câmbio, obtivemos Bol 3,90 por um real. Na ida. Quando voltávamos, em Santa Cruz, conseguimos apenas 3,85.

Vejamos agora uma operação através de cartão de crédito internacional do Banco do Brasil:

- Saque no caixa eletrônico da Calle Sagárnaga - Bol 300,00. 
- Débito em dólar no cartão (Cartão de crédito) - US$ 43,10
- Taxa sobre o valor da operação - 8,3%
- Valor do dólar - R$ 1,6188 (Isso mesmo; dólar oficial)
Calculando: (43,10 + 3,58) X 1,6188 = R$ 75,57
Bol 300,00/R$ 69,77 = 4,30 (Bol 4,30 por um real) - Muito melhor que as taxas anteriores
Comissão: US$ 3,58 X 1,6188 = R$ 5,80
Valor cobrado no cartão: R$ 75,57. Portanto, Bol 300,00/R$ 75,57 = Bol 3,97
(Líquido recebido). Continua melhor, apesar da taxa cobrada.

Trocando dólar por boliviano dentro da Bolívia, obtivemos os melhores valores em uma casa de câmbio pequena na entrada à esquerda, junto do guarda volumes, da estação rodoviária de Cochabamba.

Tiramos os pés da areia molhada pelas águas do Atlântico e seguimos para Oeste, no rumo das alturas. O GPS marcou do percurso todo da viagem 9.309 km.

Quem viaja do mar aos Andes, vai de um a outro infinito.

As medidas andinas, de imensas, se pode ter como infinitas. Sobretudo pelo variar das impressões.

Boa prática é se rever à hora do dormir todas as experiências, todas as relações de cada dia. Importa se compreender as relações no instante mesmo em que ocorrem, sendo impossível se fazer isso em qualquer outro momento: não existe o tempo nessas coisas.

O maravilhar-se com o que se vê no mundo encantador que vimos, está ainda dentro do âmbito das coisas limitadas. O Imensurável está nas relações com as pessoas. E é disto que nos ocuparemos.

Como em mil outras viagens, o plano era viajar só, e cobriríamos todo o percurso de ônibus (Tarefa cumprida, exceto pelo trecho, horroroso trecho, do Trem da Morte, que não recomendamos nem à pior (Como se existisse...) das pessoas).

Queria ver todos os tipos de pessoas (Como são parecidos!) no trajeto; conversar com elas, sentir-me junto quanto pudesse. E isso aconteceu naturalmente.

O como intensificar as cores de tudo ocorreu já na fila do lado de cá para registrar a intenção de pular uma linha imprecisa que nos põe em um instante sob o regime de um conjunto de normas e no segundo seguinte sob outro. Isso se deu aos primeiros contatos com as pessoas da Bolívia.

Horas antes encontráramos - Como se alguma coisa acontecesse por acaso - um jovem casal e depois outro, todos viajando juntos na mesma direção que eu. 

Coincidências nos afastavam para depois reunir. Tudo de um modo um tanto desastroso, apesar da extrema sensibilidade de T e da maturidade impressionante de K. O outro casal era espirituosidade e inclinação artística, nem um pouco menos importante. Despedimo-nos no aeroporto de Viru Viru (Birobiro) sem cerimônias. Primeiros dos de cá na viagem, não puderam ser esquecidos porquanto experiência sempre incompleta. E havia nessa coisa misteriosa quanto encantadora algo que insistia em reunir sempre. Pois foi nos últimos segundos que os pude conhecer de fato, um a um. Voaram para La Paz quando era pleno carnaval.

Ficamos na escaldante Santa Cruz de la Sierra mais um dia, e foi assim que pudemos ver a reação do povo à maluquice política da proibição de se pintar ou enfeitar os automóveis como parecia convir ao clima de carnaval: enlameavam a pintura toda, faziam parecer carros velhos, acabados. Sua maneira de demonstrar descontentamento com a arrogância dessa espécie nefasta chamada político.

Santa Cruz possui uma área residencial de brasileiros imensa. Não apenas um bairro. Isso nos foi mostrado pelo motorista do taxi que nos levava ao aeroporto (Quis ir de avião, para logo desistir frente ao câmbio assustador praticado por lá: Bol 3,20 por um real). Esse cavalheiro foi extremamente amável nos mostrando e explicando tudo pelo caminho.

Na viagem a Cochabamba, destino seguinte, a amabilidade se repetiu com outro senhor também boliviano com quem conversamos grande parte do percurso. As informações fluem abundantes dessas pessoas gentis. Muitos possuem parentes, às vezes filho ou filhos, vivendo e trabalhando no Brasil. Há também gratidão nessas pessoas pela acolhida brasileira e palavras de exaltação das virtudes de nosso povo estão longe de serem raras.

Sentia-me muito à vontade e a viagem superava em muito o esperado.

Os dois casais de que falávamos, como eu, foram "enganados" por informações falsas, que nos desviaram do Trem da Morte para os ônibus. Só ao voltar, quando escolhi esse trem, compreendi que essas pessoas, ao nos "enganarem", nos ajudavam.

Trem da Morte nunca, nunca, nunca mais. Ele chacoalha, balança, parece não ter qualquer mola, faz um barulho que dá a impressão de estar caindo morro abaixo desgovernado e fora dos trilhos. E ainda tem uma tripulação engraçada, embora extremamente educada e gentil, que parece compenetrada de conduzir um desses aparelhões da Nasa rumo aos confins do Universo.

Santa Cruz de la Sierra trouxe experiências curiosas.

No hotelzinho barato apinhado de gente conhecemos um desses indios de roupas moderninhas a falar  quéchua mais que espanhol. Conversava arrastado, exibindo os dentes emoldurados de ouro de canto a canto da boca - Esse é costume entre as pessoas mais humildes, os dentes emoldurados, às vezes com formas, como corações, de ouro. Nas classes os dentes são normais.

Depois de pouca mas demoradíssima conversa entre risos sem propósito, a sugestão de comprar "Coca grande". Como aqui se toma o maldito refrigerante de nome semelhante em garrafões de dois litros e meio como mania, julgamos se referir a ele. Pura ingenuidade, que compreendemos logo que falou do preço. Naturalmente demonstramos interesse pela proposta, fornecemos endereço do outro lado do Brasil que não o nosso, e fingimos guardar o número de seu celular.

Como dizem os "filósofos" de minha terra: "Melhor ter o capeta como amigo do que como inimigo". E esse rapaz estava longe de ser essa coisa - Era apenas um índio.

Não demorou muito e conhecemos um estudante chileno de sociologia. Esse, bem jovem, de ótima aparência, inteligente e profundamente interessado em Sudamerica, carregava um livro de um sociólogo brasileiro mundialmente citado, Celso Furtado. A conversa tomou forma, desenvolveu-se e logo nos sentíamos velhos amigos.

Eu nada bebo, ou tenho qualquer vício. Isto é bem evidente, logo qualquer pessoa nota. No entanto, o novo amigo quis me "regalar" (Presentear) algo a seu ver de grande importância. E pronto tirou da mochila de mil quilos um saquinho leve do qual separou parte de uma erva sequinha. Seria meu presente. Pus-me a rir quase sem controle, para surpresa dele.

Pos-se a argumentar em defesa da coisa. Disse-lhe que rira pelo inusitado de tão "valioso" presente. E assim se acalmou e parou de justificar-se, para conforto geral. Recebi o presente e continuamos a conversar. Algum tempo depois, sem qualquer explicação, me pediu o pacotinho de volta e se pôs a separar os pedacinhos da planta. Esperei com paciência o trabalho vagaroso e reticente dele. Podia ver que queria tudo de volta, apenas não se sentindo à vontade para dizê-lo. Antecipei-o e pedi-lhe que juntasse tudo ao pacote original. E assim ficou tudo maravilhosamente bem.

Cada cidade oferece seus muitos momentos, dos quais apenas podemos contar partes, ou escreveríamos um jornal paulista de fim de semana.

Cochabamba nem de longe lembra Santa Cruz. Bem menor, menos rica, muito mais limpa e bonita, oferece um clima fantástico de montanha sem os exageros do frio de La Paz, Oruro, Sucre e sobretudo Potosi.

Esta cidade nos parece o lugar perfeito onde se viver. Aqui temos a educação mais barata do país, nunca inferior à mesmo das capitais institucional e administrativa, Sucre e La Paz. A universidade aqui custa menos que em Santa Cruz, o outro centro de estudantes de medicina brasileiros.

As escolas públicas oferecem todo o fundamental que as particulares oferecem. As públicas custam Bol 120,00 por mês; as particulares, US$ 140,00. As primeiras oferecem apenas educação, o curriculum normal das escolas, que devem ser cumpridos por todas. As particulares oferecem confortos como piscina, quadras de esportes, cursos de informática, inglês além-curriculum e coisas mais de que não lembramos no momento. Em Cochabamba esses preços são menores.

Cochabamba tem mercadinhos por toda parte, que vendem frutas, como os pêssegos perfumados, belíssimos  e cheios de sabor de Tarija, outra importante cidade, do Sul da Bolívia, perto do Chile.

Veja a postagem sobre Cochabamba, com seu Cristo de la Concordia.

A viagem agora seria para La Paz, a capital. Uma coisa de umas nove horas sem grande conforto no ônibus e a eterna batatinha frita com frango assado na brasa e mais algumas coisinhas em uma parada do caminho, em Lemoncito, um lugar onde se compra um saco enorme de limõezinhos excelentes por uma quantia de fazer rir... de felicidade. Nada tão mal, exceto pela água, de R$ 1,30 a garrafinha. Caríssima! Agua na Bolívia é mesmo cara: um garrafão de dois litros pode chegar perto de R$ 2,00. 

La Paz tem os três passeios mais conhecidos do país: Valle de la Luna, Tiwanako e Chacaltaya. Há também museus, a Igreja de São Francisco, o Mirador, a área Sul e mais. Deixando El Alto e entrando em La Paz podemos ver esta quase toda, lá dentro do barrocão imenso onde foi erguida.

Em La Paz se chega sempre por El Alto, cidade tão grande quanto a primeira.

El Alto está no Altiplano toda. O Altiplano continua e continua, com seus vilarejos de enormes tijolos crus, pobres, tristes, e suas fazendas cobertas de forrageiras de florzinhas amarelas. O Altiplano segue Peru a dentro, onde se torna fazendas mais belas, mais bem cuidadas, mais ricas, e mais povoadas. O Peru tem motivos para se orgulhar de seus fazendeiros.

El Alto é aquela cidade imensa que se vê ao fundo de algumas fotos dos campos à frente do Chacaltaya.

O centro de La Paz não impressiona pela beleza. E a cidade não possui os shopping centers esperados em uma grande cidade. Também os cartões de crédito estão longe de serem populares por aqui. Tudo se compra com dinheiro vivo.

Mas encontrará coisas boas para comprar, sobretudo produtos esportivos, nas pequenas lojas (Não vi qualquer grande magazine). Quase tudo aqui se concentra na Calle Illampu ou ao seu redor, como na Calle Sagárnaga, Calle Murillo, Calle Garnero e outras.

Para se hospedar, não confie nos taxistas, vá direto à Illampu e procure nela e nas imediações o lugar que lhe sirva. Encontrará algo. Se chegar em hora adiantada da noite e não tiver tempo para procurar, vá direto à ruela Aroma, uma das transversais do início da Calle Illampu (Diga Calhe Ilhampo, que o falar daqui é o de Espanha). Lá encontrará algo que lhe servirá por pelo menos uma noite. Mas veja antes de se hospedar as acomodações em qualquer dos casos. Vimos um hotel em um prédio bonito, muito grande, que por dentro era pior que cabana de pigmeu da idade da pedra.

Veja as postagens sobre Tiwanako e Chacaltaya, dois passeios de baixíssimo custo e inesquecíveis, ambos com saída de La Paz.

Continuamos viagem cruzando a fronteira do Peru em Desaguadero e indo fazer parada em Puno, à margem do Lago Titicaca, o mais alto do mundo. Puno é a maior cidade em torno do Titicaca, e fica ao norte do lago.

Novas pessoas. Desta vez fomos no banco de cinco lugares bem lá no fundão do ônibus. Bom que pudemos conversar com todos, inclusive com um brasileiro recém-casado com uma aeromoça dona de uma barriga nada invejável que pretendia soltar o bebê à luz de frente para o grande lago. O pai, marinheiro de primeira viagem, estava radiante de felicidade com o filho a caminho, filho de uma esposa linda e amável como flor.

Viagem com vistas magníficas de campos em flor e de distantes montanhas vestidas de eterno branco. Não me podia deixar de imaginar a percorrer aqueles campos e montes com uma câmera munida de medidinhas como 17, 135, 300 e 600 mm., todas fixas, sem zoom nenhum. E filtros, tripé pesadão (Não importava o peso... Pelo menos na imaginação) e minha Nikon FM2 antiguinha e linda, com seu diapositivo Fuji de 36 poses, bem municiadinha, para os momentos em que o fôlego quer faltar e o coração dá três saltos, para depois pulsar suave, aquietado. MP3 no fundo do bolso, e só o vento, a trazer a música de não se sabe onde, para santificar.

Daqui saímos para um dos melhores passeios, as Ilhas Flutuantes dos Uros.

A propósito dos uros há uma história interessante, a de que criaram essas ilhas para fugir dos conquistadores incas. Veja a postagem "De La Paz a Puno, passando por Desaguadero".

Novas pessoas, gente do mundo todo, em um barquinho. As aproximações eram inevitáveis - Se é que alguém desejaria o oposto. Malucos a bordo. Dos que adoçam a vida. Três muchachas e dois muchachos, todos jogadões, perdidos pelo mundo afora; gente de lugares tão diferentes como Norte da Europa e Africa, região dos Grandes Lagos,  reunida quem sabe como. Amadureciam nos caminhos. Serão um dia gente comportadinha, de sucesso, sem qualquer graça. Mas lembrarão sempre de quando foram muito gente, pelos caminhos dos Andes.

Não há fotos destes no blog, ou do inesquecível casal argentino de meia idade, de Ushuaia, a cidade de noventa mil habitantes do fim do mundo, lá pela Terra do Fogo, Sul do grande país. Ou do casal curitibano, tão amável, também de meia idade - ele - e bem menos que meia idade ela.

O passeio correu leve, com o narrar bilingue do competente guia. E o dia se foi fácil, qual se menos que a duração normal tivera.

Seria Cusco, a capital inca, o grande centro histórico dos andes, o umbigo do mundo, o centro administrativo do Tahuantinsuyu, o império das quatro zonas. Aqui comprei meus livrinhos de História, e de contos, na SBS Peru, uma livraria com um vendedor que orienta e vende com decência, o Fausto. Bem pertinho da Plaza de Armas, onde se inicia precisamente as quatro estradas somando trinta mil quilômetros dos incas, é encontrada sem esforço nenhum.

Machu Picchu é o objetivo final de quantos viajam por estes lados.

Machu Picchu fica no município de Cusco, pegadinha no povoado de Aguas Calientes. Seu passeio custa quase sempre US$ 190,00, mas se procurando, encontra-se por US$ 170,00 e talvez por menos. No entanto, podendo, recomenda-se ir pela Estrada do Inca, lá por dentro da floresta amazônica, no sobe-desce sem fim que pode durar três ou seis dias. Prepare-se para frio e sofrimento. E o preço é mais alto; Não sabemos quanto.

Nosso fim de linha foi Cusco. E pouquíssimo vimos da cidade mais bela do caminho. Ficamos devendo dezenas de fotos desse lugar ímpar.

Conhecemos poucas pessoas por aqui. E Machu Picchu ficou para outra viagem. O "passaporte" (Assim é chamado aqui) dos passeios de Cusco ficou na mão: o corpo não suportaria subir o nadinha que é de Aguas Calientes à cidadela. Sobretudo não suportaria a subida mais íngreme lá em cima, até o lugar das fotos panorâmicas. Os outros, poderia ter feito; mas não havia ânimo depois da renúncia ao principal. No hotel, conseguíramos escorregar em uma escada toda de madeira, lisa como sabão, e fraturáramos uma costela. A partir daí as dores dirigiram a viagem. E foram tolerantes, até: permitiram ainda ir a Copacabana, lá ao Sul do lago, e a Oruro, uma cidadezinha bem cuidada que merece visita, sobretudo no carnaval.

O passeio de Cusco durou horas e o de Oruro dois dias.

O corpo pedia o lar e cuidados. E fizemos a tolice completa de embarcar no "Trem da Morte", aquela coisa triste. Mas sobrevivemos para contar. E, se pudermos, voltaremos aos Andes antes de terminado este muito rápido 2011.

Ah! O prazer das conversas com os companheiros de viagem durou somente até Puno.

Como o estado de saúde altera a cor das lentes de ver a vida!

Huayna Potosi - Expedição

Passeio de bicicleta na Bolívia

Aventuras de bicicleta na Bolívia

Aventuras de bicicleta na Bolívia - Continuação

De bike pelas montanhas da Bolívia

Na Calle Sagárnaga se compra o passeio, em bicicleta de ótima qualidade, por Bol 650,00.

Vai-se de ônibus até o início da trilha, lá no alto; de onde lhe solta de bicicleta ladeira abaixo. O esforço é pouco. Depois do passeio de bicicleta, volta-se, do ponto final da viagem, de ônibus até La Paz. A agência cuidará de trazer de volta as bicicletas. O ônibus deixará cada um no hotel, assim como recolheu pela manhã.

Isso é passeio para quem não tem pena da própria pele, para quem quer sofrer. Mas há gosto pra tudo e cada um viva do seu modo. De qualquer forma, ganhará as vistas mais belas. E terá poeira, perigo, aquele hormônio que citam até abusar e - algo positivo - a companhia do grupo, sempre de pessoas incomuns.

Talvez eu fale mal por despeito, já que minha alergia a poeira me proíbe essas coisas. E o coração "bate uma, a outra 'faia'", como na música do Mato Grosso; e se põe a voar, com manias de condor, como se no peito de um desses jovens que saltam de alturas com esquis, esses maiores atletas do mundo, estivesse.

Bem... aqui do meu lado acho que viver uma vida cinzenta não tem qualquer valor, e se a tivesse trocaria por uma vidinha mais curta, mas intensa, vibrante, sem vacilar. E pagaria troco com prazer.

Dá pra se entender uma vida todinha atrás de um balcão? De qualquer balcão. A vida em uma gaiola, ainda que de ouro, artística, belíssima, ornada com as mais belas gemas. Mas gaiola, sempre gaiola.

Dê um pulinho lá fora, no mundo. E veja a vida por uma nova janela. Sobretudo não tenha medo de se arriscar - nunca. Encontrará as pessoas mais intrépidas andando por aí, e cada uma terá sua própria cor, sua própria feição, sua própria beleza e encanto. Não importa que idade tenha ou onde esteja, dê o primeiro passo. E continuará. Deixe o rio correr e veja sereno tudo, sem comparar nunca, para que seja sempre novo.

 Entrada do belvedère de La Paz, em um dos pontos mais altos da cidade.

 Parte da área do belvedère


Uma cidade com pouco reboco.

Na capital, como no interior, predominam as construções com blocos à vista.

 A cor dos blocos expostos, predomina logo ali, terminada a área central.

 E vigilante, cuidadoso, de olho na cidade, o Huayna Potosi.

Um mundo de nuvens, e lá embaixo, parecendo pequeno, o gigantesco Huayna Potosi, com seu Ilimani.

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