sexta-feira, 11 de março de 2011

Santa Cruz de la Sierra


Terminal Rodo-ferroviário de Santa Cruz de la Sierra. 

Esta cidade está a apenas 416 m de altitude, portanto, nada parecido com os Andes ainda.

Sendo o principal centro econômico do país, está também dentro do maior estado e reclama para si o mérito de possuir, junto com Pando, a "melhor etnia" (Coisa divertida!), a dos Cambas.

Gabolices de lado, a cidade possui quase 1,8 milhão de habitantes, que somados aos das cidades vizinhas elevam a população de sua área metropolitana a 2,1 milhões, igualando ou superando assim La Paz e El Alto juntas.

Santa Cruz gera mais de 30% das riquezas da Bolívia. O Brasil não possui lugar tão próspero em sua Amazônia.

Lugar muito quente, atrai brasileiros, sobretudo do Norte e do Nordeste, que vem aqui para estudar. Possui ótimas universidades, apesar de preconceituosos pretenderem afirmar o contrário, e não nos parece nada inferiores às similares brasileiras ou argentinas. Aqui não se faz vestibular, mas se avalia o estudante pelo rendimento apresentado no decorrer dos primeiros meses de aula, como se faz no chamado primeiro mundo quase sempre.

Os dois estados do lado Leste da Bolívia, o do Norte e o do Sul, respectivamente Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija, estão dentro da Amazônia; portanto, em terras baixas e quentes. Dos seis demais, dois ficam no centro do país (Chuquisaca, que abriga a capital institucional, Sucre, e Cochabamba), a caminho, em consideráveis altitudes, da Cordilheira. Os três restantes se situam a Oeste, e bem na Cordilheira (Potosi, Oruro e La Paz, onde está a capital administrativa do país).





Os Cambas de Pando querem se separar da Bolívia, querem uma Nación Camba.

Um vídeo assustador:

Porque

"Los indios en Bolivia no pertenecen a Bolivia, son del Kollasuyo. Nación Aymara originarios de los Incas."

Há movimentos separatistas na Bolívia. Há profundas diferenças entre as etnias, desde as muito antigas, pré-colombianas, até as pós, entre indios e brancos, ou mestiços destes.

Este vídeo mostra o movimento pelo restabelecer do Kollasuyo, a parte Aymara do império inca das quatro regiões, o Tahuantinsuyu. Começa com o som muito triste de um chifre e em seguida mostra um índio exibindo com vigor uma arma bem conhecida dos gaúchos. E outro discurso, agora em espanhol bem compreensível, que termina com o orador convidando os "invasores" a deixarem a Bolívia. Veja o vídeo:


Só pode ser coisa de outros estrangeiros interessados nas imensas riquezas bolivianas: o "Separar para controlar" de sempre. A "etnia" por detrás de tudo está fora da Bolívia e da compreensão desses inocentes índios.

Veja dois vídeos acerca do conflito racial reinante na Bolívia, com os cambas e chilenos de um lado e os pobres coyas do outro:

Cambas versus Coyas

Estatísticas da distribuição de recursos na Bolívia

Apanhando pelo "crime" de ser coya

Apenas visitando o lugar não nos damos conta da monstruosidade, oculta e pulsante, prestes a dar o bote e destruir toda a beleza que vimos, provavelmente mais entre os coyas. Não sou Robin Hood, mas me compadeço é desse lado pobre e inofensivo do belo país.



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